Calculadora de Rescisão
Encerrar um contrato de trabalho pode ser um momento de incerteza, mas também de recomeço.
Com nossa calculadora de rescisão, você descobre rapidamente quanto deve receber ao sair da empresa — e entende como usar esse valor de forma inteligente para planejar o próximo passo da sua vida financeira.
Basta informar seu salário, tempo de trabalho e tipo de desligamento (pedido de demissão, justa causa ou sem justa causa). O resultado mostra o valor aproximado que você deve receber, incluindo férias proporcionais, 13º e saldo de salário.
Depois de calcular, aproveite para entender como organizar suas finanças pós-demissão — isso faz toda a diferença no seu recomeço.
Calcular Valores de Rescisão
Calcule rapidamente todos os valores da sua rescisão trabalhista:
Principais Verbas Rescisórias Calculadas
Saldo de Salário
O saldo de salário corresponde aos dias trabalhados no mês da rescisão que ainda não foram pagos. Por exemplo, se você trabalhou 15 dias em um mês de 30 dias, tem direito a receber 50% do seu salário mensal.
Aviso Prévio
O aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado, dependendo de quem iniciou a rescisão. Quando o empregador demite o funcionário, deve conceder 30 dias de aviso prévio, acrescidos de 3 dias para cada ano completo de trabalho, limitado a 90 dias totais.
13º Salário Proporcional
O décimo terceiro salário proporcional é calculado com base nos meses trabalhados no ano da rescisão. Cada mês trabalhado (ou fração superior a 15 dias) corresponde a 1/12 do valor total do décimo terceiro.
Férias Vencidas e Proporcionais
As férias vencidas são aquelas já adquiridas mas não usufruídas, enquanto as proporcionais se referem ao período aquisitivo em andamento. Ambas devem ser pagas com o acréscimo de 1/3 constitucional.
FGTS e Multa
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser liberado nas rescisões sem justa causa, acompanhado da multa de 40% sobre o saldo total depositado durante o contrato.
Tipos de Rescisão e Seus Impactos no Cálculo
Demissão Sem Justa Causa
Na demissão sem justa causa, também conhecida como demissão arbitrária, o trabalhador tem direito a todas as verbas rescisórias: saldo de salário, aviso prévio indenizado, férias proporcionais e vencidas, 13º proporcional, FGTS e multa de 40%.
Pedido de Demissão
Quando o trabalhador pede demissão, tem direito ao saldo de salário, férias vencidas com 1/3, férias proporcionais (se tiver mais de um ano de empresa) e 13º proporcional. Não recebe aviso prévio indenizado nem multa do FGTS.
Rescisão por Justa Causa
A rescisão por justa causa é a mais restritiva para o trabalhador, que recebe apenas saldo de salário e férias vencidas (se houver). Não tem direito ao aviso prévio, 13º proporcional, férias proporcionais, FGTS ou multa.
Rescisão por Acordo Mútuo
Criada pela Lei 13.467/2017, permite que empregador e empregado cheguem a um acordo. O trabalhador recebe metade do aviso prévio e da multa do FGTS (20%), além das demais verbas proporcionais.
Planejamento financeiro pós-demissão
A demissão pode ser um momento delicado, mas também é uma boa oportunidade para reorganizar sua vida financeira com mais consciência. Esse é o momento ideal para avaliar como você lida com o dinheiro, criar novos hábitos e estabelecer metas mais seguras para o futuro.
Antes de qualquer decisão, reserve um tempo para entender sua situação atual. Anote todas as despesas fixas, como aluguel, contas de casa e alimentação, e identifique o que pode ser reduzido ou adiado.
Usar aplicativos de controle financeiro, como Mobills, Organizze ou Minhas Economias, pode ajudar muito a enxergar para onde está indo cada centavo.
Se possível, procure orientação profissional. Consultorias financeiras digitais oferecem planos acessíveis e podem ajudar a definir metas realistas — como quanto economizar por mês ou como estruturar uma reserva de emergência.
Também vale pensar na sua proteção pessoal. Um seguro de vida com cobertura financeira pode garantir tranquilidade durante o período de transição, até que você encontre uma nova oportunidade de trabalho.
E se ainda não investe em educação financeira, esse é o momento certo para começar. Livros, vídeos e cursos gratuitos podem transformar sua relação com o dinheiro e evitar que o valor da rescisão se perca em gastos desnecessários.
Melhores contas digitais para receber a rescisão
Receber sua rescisão em uma conta digital é uma escolha prática e vantajosa. Bancos como Nubank, Inter, C6 Bank e Banco Original permitem o recebimento sem tarifas e com rendimento automático, o que ajuda o dinheiro a render enquanto você decide o que fazer com ele.
Essas contas oferecem benefícios que vão além da gratuidade:
- Rendimento diário sobre o saldo, normalmente superior ao da poupança.
- Cartão sem anuidade e controle total pelo aplicativo.
- Acesso a linhas de crédito e empréstimos com análise rápida.
- Opções de investimento direto no app, para aplicar o dinheiro de forma simples.
Além disso, o atendimento é totalmente digital, o que facilita muito a movimentação do dinheiro e o acompanhamento das finanças no dia a dia. Se quiser que o valor renda mais, procure bancos que ofereçam CDBs automáticos ou carteiras de investimento com liquidez diária.
Ferramentas para organizar sua vida financeira
Depois de receber a rescisão, manter o controle do dinheiro é essencial para atravessar o período sem aperto. Hoje, há várias ferramentas que tornam isso fácil e acessível, mesmo para quem não tem familiaridade com planilhas.
Você pode começar com uma planilha simples no Google Sheets ou Excel para registrar todas as entradas e saídas. Mas, se preferir algo automatizado, use aplicativos que conectam sua conta bancária e categorizam os gastos automaticamente.
Alguns exemplos práticos:
- Mobills: ajuda a definir metas mensais e acompanhar o quanto você gasta por categoria.
- Minhas Economias: oferece relatórios claros de receitas, despesas e investimentos.
- Guiabolso: conecta diretamente à sua conta bancária e mostra um panorama financeiro completo.
O importante é criar o hábito de revisar suas finanças toda semana. Pequenos ajustes, como cortar gastos recorrentes pouco usados, podem aumentar sua segurança financeira mês a mês.
Dicas Importantes para Empregadores e Trabalhadores
Para Empregadores
- Mantenha registros atualizados de todos os funcionários
- Calcule as rescisões com antecedência para evitar atrasos nos pagamentos
- Considere os custos rescisórios no planejamento financeiro da empresa
- Busque assessoria especializada em direito trabalhista empresarial
Para Trabalhadores
- Guarde todos os comprovantes e documentos do contrato de trabalho
- Verifique se os cálculos apresentados pela empresa estão corretos
- Conheça seus direitos antes de aceitar qualquer proposta de acordo
- Procure orientação sindical quando necessário
Perguntas frequentes
Quando a empresa deve pagar a rescisão?
A empresa tem até 10 dias corridos após o fim do contrato para efetuar o pagamento completo da rescisão. Esse prazo vale tanto para quem trabalhou o aviso prévio quanto para quem foi dispensado imediatamente.
Se o pagamento atrasar, o trabalhador tem direito a multa equivalente a um salário, conforme o artigo 477 da CLT.
Como calcular o valor da rescisão corretamente?
O cálculo inclui saldo de salário, 13º proporcional, férias vencidas e proporcionais com 1/3, além da multa de 40% do FGTS (em casos de demissão sem justa causa)
Tenho direito ao seguro-desemprego?
Sim, desde que a demissão tenha sido sem justa causa e o trabalhador tenha cumprido o tempo mínimo exigido por lei.
O número de parcelas varia conforme o tempo de serviço e a média salarial dos últimos meses. É importante solicitar o benefício dentro de 120 dias após a demissão para não perder o direito.
Posso sacar o FGTS após a demissão?
Sim. Se você foi dispensado sem justa causa, pode sacar o saldo total da conta do FGTS e ainda receber a multa de 40% paga pela empresa. O saque é feito pela Caixa Econômica Federal, presencialmente ou pelo aplicativo FGTS.
O que fazer se a empresa não pagar a rescisão no prazo?
Se o pagamento atrasar, você pode notificar o RH por escrito e, caso o problema não seja resolvido, registrar uma reclamação trabalhista no sindicato da categoria ou no Ministério do Trabalho. A multa legal e juros podem ser aplicados sobre o valor devido.
Devo investir o dinheiro da rescisão?
Depende da sua situação atual. Se ainda não tem uma reserva financeira, priorize guardar de três a seis meses do seu custo de vida em uma aplicação com liquidez diária, como CDBs, Tesouro Selic ou contas digitais com rendimento automático.
Se já tiver essa segurança, pode destinar parte do valor para investimentos de médio e longo prazo, como fundos, Tesouro IPCA ou até previdência privada.
É possível usar a rescisão para abrir um negócio?
Sim, desde que o planejamento seja realista. Muitos brasileiros aproveitam a demissão para empreender, mas o ideal é reservar uma parte do valor para despesas fixas e investir o restante com planejamento e baixo risco inicial.
Avalie o mercado, faça projeções de custos e mantenha uma reserva de emergência.
Preciso declarar a rescisão no Imposto de Renda?
Sim. Mesmo que as verbas rescisórias sejam isentas de IR, é necessário incluir os valores na declaração anual.
Confira o informe de rendimentos fornecido pela empresa e registre os valores corretamente na aba de “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.
Como evitar gastar o dinheiro da rescisão rápido demais?
Monte um plano financeiro pessoal. Liste todas as despesas essenciais (aluguel, contas, alimentação) e defina limites para gastos extras. Aplicativos de finanças ajudam a acompanhar o orçamento e identificar onde é possível economizar.
Uma boa dica é separar o valor total da rescisão em três partes:
- 60% para despesas e reserva de emergência,
- 30% para metas e objetivos de médio prazo,
- 10% para lazer e bem-estar, garantindo equilíbrio sem culpa.
Tenho outros direitos após a demissão?
Além da rescisão e do FGTS, você pode ter direito ao seguro-desemprego, plano de saúde temporário (dependendo do acordo coletivo) e, em alguns casos, indenizações específicas previstas em convenções da categoria.
É importante conferir seu contrato e consultar o sindicato.
Garanta Seus Direitos
Com o valor da sua rescisão em mãos, o próximo passo é agir com estratégia. Organize suas finanças com o apoio de aplicativos de gestão financeira e, se possível, procure consultoria especializada em planejamento pessoal para avaliar como investir ou guardar o dinheiro.
Uma boa alternativa é aplicar parte do valor em investimentos de renda fixa ou em um plano de previdência privada, pensando na construção de uma reserva de segurança. Outra opção é buscar seguros de vida com cobertura financeira, que podem proteger você e sua família em períodos de instabilidade.
Independentemente da sua escolha, lembre-se: encarar o momento da rescisão com educação financeira, segurança e planejamento é o caminho mais inteligente para recomeçar com tranquilidade e equilíbrio.
